A mudança para um novo país é uma das transições profissionais mais ‘intensas’ e cheias de oportunidades (e riscos) que existe. Se tornar um ‘expat’ é o desejo de muitos profissionais que veem nessa experiência a possibilidade de ampliar seus horizontes, ‘turbinar’ seu desenvolvimento e habilidades multi-culturais. Eu sei bem do que estou falando, pois sou eu mesma uma ‘expat’ e estou nessa ‘estrada’ já faz 10 anos. Aqui no site, na página Sobre Mim, tem mais informações sobre a carreira que venho fazendo fora da minha ‘terra mãe’.
Desde os primeiros meses de vida no estrangeiro fui atraída pela observação e análise dos elementos que ajudam (e aqueles que atrapalham) o sucesso de um profissional operando fora do seu país de origem. O meu trabalho como Parceira de Transição é resultado desse estudo. Acredito que posso, com minha experiência e conhecimento teórico, ajudar outros expatriados a compreenderem melhor o seu novo contexto, gerenciar suas atitudes e emoções para tirar ‘o melhor’ da experiência. Além de, é claro, aumentar as suas chances de sucesso na arena internacional.
Para complementar as minhas observações e leituras sobre o tema, iniciei uma pesquisa com outros expatriados (principalmente Latino Americanos) para registrar suas vivências e as ‘lições’ que aprenderam. Afinal, compartilhar conhecimentos é fundamental. Hoje, vou dividir com vocês 5 dicas de uma brasileira, a Beatriz (nome fictício), que viveu uma experiência muito rica, quando da sua transição profissional para Londres. O resultado? Hoje, a Beatriz está perfeitamente adaptada e tem um cargo senior numa multinacional na Ásia.
Dica 1 – Lidando com o ‘choque cultural’- vamos falar sobre isso. Trocar idéias e falar abertamente sobre as suas experiências com pessoas que podem estar vivendo situações parecidas com a sua, é sempre de grande ajuda. Todo expatriado sabe disso.

Dica 2 – Empatia e preparação – entendendo o novo código. Além de se relacionar com pessoas de cultura semelhante á sua, é muito importante ter amigos e construir relacionamentos com pessoas nascidas no país para o qual você se mudou. Entre outras coisas elas podem te ajudar a compreender o ponto de vista do ‘outro lado’. Aquela tal de empatia, sabe como?

Dica 3 – Ajustando expectativas e lidando com emoções inesperadas. Beatriz conta que, em toda a sua carreira no Brasil, teve sua performance avaliada como acima da média. Se sentir, ‘insuficientemente competente’ foi uma grande surpresa para ela. É importante estar consciente dessa possibilidade e lidar com essas emoções de frente.

Dica 4 – Sobre a intensidade da mudança – mesmo que você não mude de empresa, a cultura organizacional pode ser completamente diferente daquela com a qual você estava acostumado. É bem importante entender a nova dinâmica e se posicionar corretamente no novo contexto.

Dica 5 – A adaptação tem que acontecer nos dois lados – Eu acho que aqui, tem duas lições: 1. Você vai ter que se adaptar a diferentes estilos gerenciais. Isso é fato. 2. Pra mim a principal mensagem é para as organizações que transferem seus executivos para outros países. A preparação dos líderes/gerentes que recebem os expatriados é fundamental. O nível correto de ‘stress’ e ‘suporte’ tem que ser encontrado. Assim, todos (organização, gerente, expatriado) vão se beneficiar e crescer com a experiência.

É claro que as experiências dos expatriados variam muito, dependendo da empresa, do país e das características pessoais do profissional. Mas conhecer e refletir sobre as vivências similares ás nossas é, quase sempre, um bom investimento de energia e tempo. Boa semana pra todos e, mande uma mensagem pra mim se quiser saber mais sobre como um Parceiro de Transição pode ajudar você (que é expat) ou seus colaboradores expatriados. Semana que vem tem mais!
